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publicado em - 26 de outubro de 2016

Bancários da CUT de Bauru contribuem para greve forte

Em Bauru, a mobilização dos “Bancários da CUT”, mesmo sem fazer parte da diretoria do sindicato local, contribuiu para o êxito das negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban.

“Antes da greve, passamos nas agências para saber o que o bancário esperava da campanha e como ele via o cenário sociopolítico e econômico. A consulta mostrou que a categoria sabia que a campanha seria uma das mais duras de todos os tempos”, disse Joaquim Torres, diretor regional da Federação dos Bancários da CUT (FETEC-CUT/SP).

Depois de os bancos terem apresentado uma proposta de reajuste de 6,5%, mais abono de R$ 3 mil, a forte mobilização dos bancários fez com que os banqueiros aumentassem o reajuste para 8% nos salários e PLR, 15% no Vale Alimentação, 10% no Vale Refeição e no auxílio creche/babá, além de garantir que, em 2017, haja reajuste que cubra a inflação (INPC/IBGE) e aumento real de 1%.

A greve alcançou recorde de agências fechadas em todo o país e foi a mais longa da era de negociações de mesa unificada entre bancos privados e públicos com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Com 31 dias de paralisação, a greve somente perde em extensão para a greve de 1951, que durou 69 dias.
 
ACORDO DE DOIS ANOS
Alguns bancários ficaram em dúvida com relação aos benefícios do acordo para dois anos. “Vivemos uma conjuntura de ataques e retirada de direitos dos trabalhadores. O atual governo federal não está aberto para propostas em defesa da classe trabalhadora e é apoiado por um Congresso Nacional formado por uma maioria de representantes do patronato. Nesta conjuntura, conseguimos que todos os dias parados fossem abonados, mantivemos os direitos da categoria até 2018 e ainda conquistamos reajuste que cobre a inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real para o ano que vem. Com o aumento real garantido, vamos poder nos organizar para lutar pela manutenção do emprego e dos direitos, além das reivindicações de melhor condições de trabalho”, explica o diretor regional da FETEC.

Para os bancários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, o acordo de dois anos é uma garantia de que o governo Temer não vai avançar sobre os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho até 2018. “Estarão resguardados da sanha do governo federal pela retirada de direitos”, disse Joaquim Torres.
 
DEFESA DO EMPREGO
Dentro da Campanha Nacional deste ano, a defesa do emprego era uma das prioridades. Neste sentido, a negociação conquistou a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos. Com participação de representantes dos bancários e dos bancos, o projeto vai buscar realocar os funcionários ameaçados pela reestruturação em um determinado local, criando possibilidades de transferências para outras áreas da própria instituição e assim evitar demissões.

A Fenaban insistia na compensação de todos os dias em greve, sem prazo limite. Mas o Comando Nacional não aceitou qualquer punição aos grevistas e conquistou, na mesa de negociação, o abono total dos dias parados entre 6 de setembro, quando teve início à greve, até 6 de outubro.
Durante a décima rodada de negociação, os bancos também concordaram em implantar a licença-paternidade de 20 dias, conforme lei sancionada em 2016, durante o governo Dilma Rousseff.
 
Fonte: Bancários Bauru
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